Uma reflexão sobre o tiro esportivo e o airsoft

 

Atualmente existe um certo preconceito com a atividade esportiva do Airsoft, por meio de parte da população brasileira, e também algumas empresas do ramo tático, onde possuem esse preconceito por achar que somente o tiro esportivo é capaz de preparar o indivíduo para um combate ou confronto real, enquanto o airsoft não. Atualmente grandes nomes de treinamento policial e militar vem ressaltando a importância do airsoft para o treinamento chegar mais próximo do real; onde neste treinamento o oponente revida e você tem que se virar na situação que te colocou lá de alguma forma, ou por errar um caminho, ou por ir atrás de um objetivo ou qualquer outro motivo que seja. Nesse cenário você pode ser atingido a 360 graus a qualquer momento, por isso o airsoft chega muito mais próximo da realidade.

No tiro esportivo temos alvos não vivos, a um campo de visão de 180 graus, por motivos de segurança, o que limita o realismo. Também ocorre no tiro esportivo de o instrutor do curso gritar e pressionar você, tentando provocar o erro e desespero para tentar estressar o aluno; como se fosse em uma situação real. Essa situação não se compara aos jogos de airsoft, pois lá você está deitado atrás de uma árvore, por exemplo, tomando tiro de bolinha de todos os lados, quando começa a planejar a melhor estratégia para sair daquela situação com a mesma adrenalina.

Concluindo, atirar em alvos não vivos é fácil! A prática do tiro esportivo é essencial para você conhecer seu armamento e como utiliza-la para se defender na vida real, porém essas habilidades não se completam se você não vivenciar situações de combate, em que o outro lado esteja revidando os disparos, e pensando como te acertar também. Nos jogos de airsoft você consegue aprender com seus erros, corrigindo seus pontos fracos de maneira segura e divertida.  Os dois esportes se completam! e não se anulam. Pensem nisso.

Gustavo Marcello Correa – Diretor Geral GM Tático